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Alta decepção


Antes que alguém se levante indignado, o título da matéria não se refere ao filme Star Wars – Os Últimos Jedi, mas sim ao tratamento dado pela Disney ao seu lançamento em alta definição.

Como já se tornou praxe, a longa história de descaso da Disney Brasil com o mercado de home-vídeo ganhou mais um capítulo. Se, por um lado, a empresa tem os lançamentos com menor preço do mercado (R$ 39,90), por outro tem oferecido edições pífias, com apenas um disco, sem extras e sem o combo 2D/3D. Isso para não mencionar os filmes de seu catálogo que nunca chegaram por aqui em HD, como Ratatouille, Vida de Inseto, O Sexto Sentido, Sangue Negro, 12 anos de Escravidão e muitos outros.

Ao contrário das edições de O Despertar da Força e Rogue One, que ganharam versões regulares duplas, o oitavo e mais polêmico filme da saga intergaláctica de George Lucas recebeu edições que praticamente obrigam o colecionador a comprar a mais cara delas para ter um produto digno do porte da franquia. O filme saiu nas versões DVD, Blu-ray simples, Blu-ray 3D e Steelbook triplo, que tem as duas versões anteriores e o disco de extras. O detalhe é que, espertamente, a casa do Mickey inflacionou o formato, jogando o preço do Steelbook de R$ 99 para R$ 120, tirando daqueles que não curtem o estojo metálico o direito de ter acesso ao conteúdo extra do filme.

Tanto o DVD quanto o BD simples trazem apenas os comentários em áudio do diretor. O BD 3D não apresenta extras. Somente o Steelbook possui o disco extra que, como já é tradicional em Star Wars, apresenta farto material sobre a produção:

- O diretor e os Jedi: Um detalhado documentário, com 1h35 de duração, sobre os bastidores do filme, acompanhando de perto roteirização, filmagens, elenco, edição e muito mais;

- Equilíbrio da Força: O diretor discute a Força e sua influência nas motivações dos heróis e vilões do episódio. (10min);

- Análise de cenas: Um mergulho completo na realização de três cenas chave da produção. (33min);

- Andy Serkis ao Vivo!: O featurette acompanha a interpretação do ator, via captura de movimento, dando vida ao vilão Snoke. (6min);

- 23 minutos de cenas deletadas.


A qualidade de imagem está dentro do padrão esperado para um Blu-ray e o som apresenta bom envolvimento nos canais, porém está gravado muito baixo, obrigando o espectador a aumentar o volume do home-theater para atingir o impacto esperado. Esse problema já foi observado no BD de Vingadores – A Era de Ultron, também da Disney.

Essa ganância da Disney está merecendo um grande puxão de orelhas, e não apenas no Brasil. Em Portugal, a empresa está fazendo ainda pior, já que tem lançado seus títulos somente em DVD, formato ultrapassado que já deveria estar aposentado.





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