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The Cloverfield Paradox | Ver ou não ver, eis a questão

A sequência de Cloverfield finalmente teve sua estréia! Após muito suspense e adiamentos, J.J. Abrams surpreendeu a todos com o lançamento de mais um filme da franquia.


O anúncio foi feito durante um dos comerciais do Super Bowl, o maior evento esportivo dos Estados Unidos, que é famoso pelas apresentações de celebridades, comerciais exclusivos e também um dos mais assistidos no mundo todo. A surpresa foi ainda maior porque o filme seria disponibilizado diretamente na Netflix logo ao final do evento, ao invés de ser lançado nos cinemas como as produções anteriores.


Imagem: Netflix


The Cloverfield Paradox é o terceiro filme da franquia. O primeiro, Cloverfield: Monstro foi lançado em 2008 e conquistou muitos fãs. Produzido no estilo found footage (o mesmo de produções como A Bruxa de Blair, no estilo documentário filmado com câmeras caseiras) a trama se inicia como um reencontro de amigos que estão se despedindo do protagonista Rob (Michael Stahl-David), que está prestes a se mudar para o Japão. Durante a festa explosões começam a acontecer na cidade sob uma ameaça praticamente invisível, que nos faz pregar os olhos na tela tentando decifrar o que está causando tanto terror.


Oito anos mais tarde, em 2016, saiu o segundo filme: Rua Cloverfield, 10 que é o preferido da maioria dos fãs da franquia. A produção também aconteceu praticamente em segredo, e nem ao menos os atores envolvidos sabiam que se tratava de um novo Cloverfield. A história tem início quando Michelle (Mary Elizabeth Winstead) acorda após sofrer um acidente de carro, e se vê presa em um bunker com pessoas desconhecidas, que lhe dizem que eles não podem mais sair dali porque o mundo não é mais o mesmo. Aqui, parece que o filme é dividido em duas partes e traz vários momentos de tensão e suspense.


Já em The Cloverfield Paradox a trama principal acontece a bordo de uma estação espacial, que foi enviada ao espaço como uma tentativa de vários países que se uniram para buscar uma solução para a crise de energia que assola o mundo. Lá, eles precisam acionar um acelerador de partículas chamado Shepard, que apesar de ser uma solução é também muito perigoso e por isso precisa ser ativado do espaço.

Depois de dois anos de testes falhos com o acelerador de partículas os tripulantes da estação Cloverfield finalmente obtém sucesso e conseguem ligá-lo. Mas algo dá errado quando percebem que a Terra que até então era vista pela janela agora não está mais lá. A partir daí, uma série de eventos estranhos e inexplicáveis começam a surgir e é neste ponto que a história se perde.


Entende-se que a ativação do Shepard causou um paradoxo, que é explicado como a coexistência de moléculas de duas realidades diversas convivendo em um mesmo tempo/ espaço. No momento em que ele foi ligado, a estação foi transportada para outra realidade, que seria a mesma dos filmes 1 e 2, sendo este evento o responsável pelos acontecimentos dos dois primeiros filmes e pela passagem de “monstros e demônios” de um universo para o outro. O espectador então descobre a existência de um multiverso, mas que não é bem explicado, assim como os eventos sobrenaturais que acontecem na estação e estranhamente não causam nenhuma surpresa aos tripulantes (que apesar de serem ótimos atores, são mal explorados). A exceção está na protagonista Hamilton (Gugu Mbatha-Raw) que nos envolve com sua personagem, mesmo com sua trama fraca.


The Cloverfield Paradox é um filme que diverte, mas não convence mesmo com a surpresa de sua cena final. Resta saber se obteremos mais respostas e mais sentido ao filme com a seqüência que já está pronta, mas ainda sem previsão de estréia. E é claro, filmada secretamente ao melhor estilo Cloverfield.


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