top of page

A voz de uma galáxia muito, muito distante...


Imaginem aquele icônico letreiro exibido no início de cada um dos episódios da saga Star Wars sem os acordes monumentais do tema composto por John Williams. Não seria a mesma coisa, não é mesmo?

A ciência já provou que o som não se propaga no vácuo do espaço, mas, convenhamos, acompanhar as aventuras da família Skywalker sem as melodias marcantes para a Força, para a princesa Leia, para o valente Luke e para o dividido Annakin “Darth Vader” Skywalker, não teria o mesmo impacto. Pense na destruição da Estrela da Morte no Episódio 4, sem aquela tensa contagem regressiva musical. Os fogos de réveillon carioca seriam mais emocionantes.


A força da música do octogenário maestro, nascido no dia 08 de fevereiro de 1932, reside em sua capacidade de emocionar e de criar uma identificação imediata entre o assunto do filme e suas composições. Quando pensamos numa música de super-herói, qual trilha nos vem à memória? A de Superman, o filme, com toda a certeza. Qual o melhor som para acompanhar o poderoso rugido de um Tiranossauro Rex? A música de Williams, é claro. Quando queremos aventura, o tema de Indiana Jones é imbatível. Alguém consegue ouvir o score de Harry Potter e não se sentir em Hogwarts? E entrar naquela praia deserta, no cair da noite, sem ouvir aquele sinistro “Tum,Tum,Tum,Tum...” avisando que tem Tubarão na área? As trilhas sonoras de John Williams conferem voz e personalidade aos filmes.


O compositor, que um dia chegou adotar o nome de Johnny Williams, em sua fase mais jazzística, foi um dos responsáveis por devolver aos scores de filmes as características que tinham no passado e que foram se perdendo ao longo das décadas, com grandes orquestras, composições elaboradas e temas distintos para cada personagem. Eram exatamente esses aspectos musicais que George Lucas buscava enquanto filmava sua ópera capa-e-espada espacial. Indicado pelo amigo e parceiro Steven Spielberg, John Williams musicou as galáxias distantes e ganhou um de seus cinco Oscar de trilha sonora. Os outros quatro foram por O Violinista no Telhado, Tubarão, E.T. - O Extraterrestre e A Lista de Schindler. Ele também é recordista em indicações ao Oscar, com nada menos que 50. Na próxima edição do maior prêmio do cinema, a ser realizada no próximo dia 04 de março, Williams pode chegar ao incrível número de 52 indicações, se, continuando a tendência das demais premiações do ano, como o Globo de Ouro, suas trilhas para Os Últimos Jedi e The Post: A Guerra Secreta forem nominadas.


Por todas essas razões, quando a Disney decidiu retomar o universo criado por Lucas em uma nova trilogia, iniciada por O Despertar da Força e continuada com Os Últimos Jedi, nem se cogitou a entrega da batuta a outro compositor que não fosse John Williams, que, inclusive, já confirmou a criação da trilha para o Episódio IX, dirigido novamente por J.J. Abrams, com lançamento previsto para dezembro de 2019. E a participação do maestro nessa guerra nas estrelas não para por ai. Ele irá escrever ainda o tema principal do filme Solo – Uma História Star Wars, dirigido por Ron Howard, que retrata as aventuras do jovem Han Solo. As demais músicas da trilha serão compostas por John Powell, compositor de Como Treinar seu Dragão, O Touro Ferdinando e dos filmes da série Jason Bourne. Solo – Uma História Star Wars deve estrear no Brasil no dia 24 de maio.


Tamanha é a identificação de John Williams com a saga Star Wars, que seus fãs lançaram uma petição na Internet para que o maestro faça uma ponta no Episódio IX, o último dessa nova trilogia. Caso você tenha gostado da ideia e queira participar, segue o link: https://www.change.org/p/j-j-baby-please-give-john-williams-a-cameo-in-star-wars-ep-ix?recruiter=849458128.


A Força está com John Williams, e, arriscando causar uma guerra interplanetária ao usar o bordão de um vulcano famoso, desejamos “vida longa e próspera” ao velho, sábio e talentoso mestre.

John Williams conduz o tema principal de Star Wars, executado pela Orquestra Boston Pops:

bottom of page