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Crítica | Star Wars: Os últimos Jedi expande a mitologia e emociona os fãs.


Rian Johnson tinha uma difícil missão. Após os sucessos de O despertar da Força e Rogue One, as expectativas dos fãs estavam altíssimas, e apesar de todo sucesso que o início desta nova trilogia fez, a crítica estava esperando algo mais inovador, após o primeiro longa ter usado muito dos filmes antigos, deixando bastante espaço para surpresas a partir de agora. E ele conseguiu. Os últimos Jedi trilha caminhos jamais vistos na franquia de Star Wars, e expande muito a mitologia, sendo explorando mais os poderes dos jedi, ou como uma incrível criação e expansão de mundo.

Historicamente, Star Wars sempre foi um exemplo a se seguir, no que se diz respeito a geografia de seus filmes, com paisagens maravilhosas, o filme é gravado em horizontes sem comparação, deixando tudo muito mais bonito, seja em CGI, que é impecável, ou em cenários reais, o que ajuda a deixar tudo mais crível e convincente.

Johnson foi muito hábil em conseguir trabalhar com um grande elenco amado pelos fãs, sem tirar ou dar espaço demais para um ou outro personagem, personagens amados de longa data tem aqui momentos muito especiais, e de muita importância, e os novos personagens apresentados no episódio VII são muito desenvolvidos aqui, dando mais mais personalidade e crescimento na própria trama. E é na trama aonde o grande mérito deste filme se passa, diferenciando drasticamente de qualquer outro filme da franquia, e aonde o conceito de guerra é melhor trabalhado. O filme já começa com uma grande batalha no espaço, mostrando o lado estratégico de Leia, e Poe Dameron, mostrando friamente até aonde um rebelde vai na guerra,dando sua vida á república. Sendo um abordagem muito mais série, jamais vista em outro filme de Star Wars. Os rebeldes estão expostos e altamente em desvantagem, fazendo com que sejam uma presa fácil para a Primeira Ordem o filme todo, ao menos até a cavalaria chegar. Tudo isso ocorre enquanto Rey tenta convencer um sórdido Luke a ser seu treinador, e lhe ensinar os caminhos da ordem Jedi. O filme trabalha muito a dualidade entre a guerra e o lado negro e branco da força, sugerindo muitas vezes uma neutralidade assumida por Luke Skywalker, mas não é o que realmente acontece. Luke não escolhe um meio termo para com a força, Luke escolhe esquecer a força.

E no ladro da Primeira Ordem, o Lorde Supremo Snoke desdém de seu aprendiz, penalizando Kylo Ren pelos erros em O despertar da força. E em outra frente temos o stormtropper desertor, Finn, que tem sem dúvidas a frente mais engraçada do filme, com grandes adições de personagens novos, que vamos deixar você conferir no filme.

O roteiro de Johnson se preocupa em explicar a ligação entre Rey, Luke e Kylo Ren, o trio é a essência do filme, que transforma Luke de uma lenda caída, cético para a guerra ao herói de outrora, imponente. Leia segue a direção oposta, com um retrato mais comum, nunca se esquivando de suas obrigações, assumindo o papel de general com muita força, tendo aqui uma despedida digna da atriz, que deixa muito aberto seu papel no próximo filme, já que aqui foi de longe seu papel mais importante e marcante da franquia. Ambos são o traço de sensibilidade de Os Últimos Jedi, que não se prendeu na nostalgia, trabalhando personagens da primeira franquia de forma única, de forma com que, o filme faz homenagens e entrega tudo o que o fã espera. Por vezes sutil, por vezes explosiva, mas sempre emocionante.

O filme Star Wars: Os últimos Jedi inova em roteiro, dinâmica e em estrutura, sendo sim, um ótimo segundo filme de trilogia, mas também um início de uma nova era, muito mais real, e crível, mesmo no incrível mundo fictício de Guerra nas Estrelas.


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