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Batman Cavaleiro das Trevas III | Série decepciona do início ao fim.


Acabou a aguardada e polêmica série Cavaleiro das Trevas III: A raça superior, que prosseguia com o universo criado por Frank Miller e a sensação não poderia ser pior, decepção. Trazendo os roteiros do ótimo Brian Azzarello e os desenhos do bom Andy Kubert, se esperava não o primor que o primeiro Cavaleiro das Trevas teve, o de 86, mas sim uma história sólida, que lembrasse o tom daquele Batman cansado, violento, soturno, mas não. A série se arrasta em longos 9 capítulos de pouco mais ou menos de 30 páginas que contam uma batalha que poderia ser desenvolvida em 3 edições, enganando o leitor que esperava algo grandioso. A série traz os personagens amados como a Robin criada por Frank Miller, tomando um protagonismo maior nessa série, enganando os fã em certo momento, indagando se a personagem seria de fato uma nova "Batman", Lara, filha de Clark com a Mulher-Maravilha se encontra aqui em um grande dilema moral, e familiar, e claro, Batman e Superman também estão presentes, com breves participações de Lanterna Verde, Átomo e um dos melhores momentos da série, um combate visceral entre os Kriptonianos de Kandor e as amazonas de Temishcera, a participação da Mulher-Maravilha.

Mas talvez este seja o maior equivoco da série, que se sustenta em momentos de explosão, para depois um marasmo de acontecimentos, sempre ensaiando alguma grandiosidade, e "brochando" o leitor com resoluções rápidas. O sempre competente Azzarello falhou em ser um escritor sucinto, desenvolvendo textos rasos, e tentando emular os diálogos do mestre Miller, mas sem a profundidade que o escritor botava em suas histórias.

Mas a saga deixa ganchos para uma sequência, e desdobramentos para serem desvendados. Já declarada a vontade de Frank Miller em retomar o universo que criou em 86, a esperançados fãs é de que seja feito de forma satisfatória desta vez, mas nunca com a ilusão de uma obra-de arte como a história de 86.

Cavaleiro das Trevas: A raça superior se apoia em um argumento bom, mas que fica no quase em diversos momentos, se desenvolvendo de forma fraca e rápida.


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